domingo, 10 de julho de 2011

Visita à SIMARSUL

Descodificando a denominação "SIMARSUL", esta traduz-se em Sistema Integrado Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Península de Setúbal. Este sistema pertence ao Grupo Águas de Portugal.
É um sistema que inclui a construção, remodelação e beneficiação de um conjunto de infra-estruturas que funcionam de forma integrada. Apresenta uma área de 1450 km2 e engola 32 Estações de Tratamento de Águas Residuais - ETAR (16 a construir), 112 Estações Elevatórias (61 a construir), 280 km de Emissários (132 km a construir) e 89 km de Condutas Elevatórias (54 a construir). Abrange oito dos nove municípios que constituem a Península de Setúbal, unidade territorial delimitada a norte pelo Rio Tejo, a sul pelo Rio Sado e a oeste pela Costa Atlântica. Os municípios compreendidos são Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal. Este sistema tem por objectivo a recolha, o encaminhamento, o tratamento e o reenvio para o mar e rios, das águas dos esgotos domésticos e industriais (chamadas de águas residuais).
Neste sentido, a USPAS depois de reunir com os responsáveis pela SIMARSUL, agendou uma visita ás instalações da ETAR do Barreiro/Moita e á ETAR de Alcochete.

A ETAR do Barreiro/Moita, localizada no Parque Industrial do Barreiro, no limite dos concelhos do Barreiro e da Moita, freguesias do Lavradio e de Alhos Vedros, respectivamente, constitui, pela sua dimensão, a maior infraestrutura da SIMARSUL.
Esta infraestrutura, bem como a rede de coletores que lhe está associada, reveste-se da maior importância local e regional, dado que recolherá e tratará a quase totalidade das águas residuais produzidas nos concelhos do Barreiro e da Moita e, ainda em parte, do concelho de Palmela.
A parcela restante dos efluentes produzidos nestes concelhos é encaminhada para subsistemas contíguos já em funcionamento.
As águas residuais, depois de tratadas na ETAR, são descarregadas no estuário do rio Tejo, em condições ambientalmente seguras, contribuindo para a despoluição desta importantes zona húmida. A ETAR proporcionará, assim, a melhoria das condições de vida das populações locais e da qualidade dos meios hídricos na zona, o que permitirá grandes benefícios socioeconómicos e ambientais.

A ETAR de Alcochete localiza-se no concelho de Alcochete, freguesia de São Francisco. Encontra-se inserida no Subsistema de Alcochete que inclui, além desta infra-estrutura, cerca de 7,5 emissários e condutas elevatórias e 6 Estações Elevatórias.
A infra-estrutura tem capacidade para, no ano horizonte de projecto, efectuar o tratamento de 8350 m3/dia de águas residuais urbanas, correspondendo a cerca de 27750 habitantes equivalentes.
O nível de tratamento instalado é terciário dado que se dispões de desinfecção final, estando a ETAR também dotada de um sistema de desodorização. A ETAR está igualmente dotada de um sistema de reutilização de água de serviço, comosto por um reservatório e um sistema de pressurização do efluente desinfectado, garantindo a qualidade adequada para uso interno na ETAR.

A SIMARSUL, com este empreendimento, está a contribuir para a despoluição da Bacia do Rio Tejo, para a preservação dos ecossistemas associados, para a melhoria das condições sanitárias e da qualidade de vida da população local, dando uma nova vida á Península de Setúbal.


Programa de Vigilânica das Condições Higio-Sanitárias de Clínicas Dentárias aderentes ao "cheque dentista"

As doenças orais, como a cárie dentária e as doenças periodontais são um sério problema de saúde pública, uma vez que afectam grande parte da população, influenciam os seus níveis de saúde, bem-estar, de qualidade de vida e são vulneráveis a estratégias de intervenção conhecidas e comprovadamente eficientes.
Face ás necessiadades apresentadas, foi elaborado o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral. Este programa corresponde a uma estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde e na prevenção primária e secundária da cária dentária. A promoção da saúde e a prevenção da doença, asseguradas pelas equipas de saúde escolar, são o suporte indispensável da intervenção curativa, operacionalizada maioritariamente através de contratualização. Este processo tem permitido prestar cuidados médico-dentários a grupos de crianças escolarizadas integradas em programa de saúde oral e que desenvolveram cária dentária. Neste programa estão incluidos os "cheques-dentista" que dão acesso à prestação de cuidados médico-dentários mencionados.
Dada a relativa população que procura e é submetida a estes serviços e tratamentos, é igualmente necessária e extremamente considerável a vigilância e controlo das condições de higiene e saúde dos estabelecimentos que prestam estes cuidados. Assim sendo, a Unidade de Saúde Pública de Alcochete prestou-se a esta vigilância e monitoriza as clínicas dentárias do concelho de Alcochete. São realizadas auditorias para avaliar os riscos inerentes aos processos realizados, procurando eliminar ou minimizar os mesmos; processos como a adequada lavagem e desinfecção dos locais de trabalho e de utilização dos utentes, a eficiente esterilização dos materiais usados no decorrer dos tratamentos e a perfeita separação, armazenagem, recolha e transporte dos resíduos hospitalares produzidos.

Resíduos Hospitalares - Auditoria de Processo Simplificada

Os resíduos hospitalares (RH), de acordo com o Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Seetembro, que estabelece as regras a que fica sujeita a gestão de resíduos, são definidos como: "[...] o resíduo resultante de actividades médicas desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados de saúde, em actividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres humanos ou animais, em farmácias, em actividades médico-legais, de ensino e em quaisquer outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupuntura, piercings e tatuagens".
A produção de RH depende de numerosos factores, como o número de pacientes por dia, as especialidades existentes, os tipos de cuidados de saúde prestados, a quantidade de material reutilizado, os métodos de gestão existentes, entre outros.
A gestão de resíduos é entendida como o conjunto das operações de recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos, de forma a não constituir perigo ou causar prejuízo para a saúde humana ou para o ambiente, sendo atribuída a responsabilidade dessa gestão aos produtores.
Neste sentido, a gestão dos RH requer a definição de uma estratégia que facilite a implementação de medidas necessárias, como a distribuição de recursos, adequada às prioridades identificadas, e a realização de acordos com as autarquias e com empresas devidamente autorizadas.
Uma adequada gestão de RH depende de uma boa organização e administração, mas também de uma participação activa de pessoal bem informado e formado.
Assim, uma boa gestão dos RH produzidos nas unidades de saúde e nas extensões de saúde passa por:
  • Identificar e classificar todos os tipos de resíduos, por fonte produtora ou sectores e serviços envolvidos;
  • Prevenir e minimizar a produção de resíduos;
  • Implementar procedimentos de triagem, deposição segura e transporte dos resíduos no seu interior;
  • Providenciar que o manuseamento e recolha sejam efectuados por pessoas devidamente formadas;
  • Encaminhar os RH não perigosos (grupo I+II) e os específicos para valorização, sempre que possível;
  • Contratualizar com empresas devidamente licenciadas, a recolha, transporte externo, tratamento e destino final dos RH perigosos (grupos III e IV).
Actualmente, existe implementado um Plano de Gestão dos Resíduos Hospitalares (PGRH) nas unidades e extensões de saúde do Concelho de Alcochete e a empresa responsável pela recolha e transporte externo dos RH é a SUCH.
Num PGRH é fundamental a existência de mecanismos de controlo de processo e controlo financeiro que permitam avaliar o desempenho das actividades previstas.
Os processos de controlo abrangem a realização de actividades de gestão diárias, tanto no que se refere às operações definidas no PGRH como aos recursos (humanos, físicos e financeiros).
Para tal recorre-se a uma ferramenta fácil de aplicar - auditoria de processo simplificado. Esta auditoria é realizada com auxílio de grelha (já elaborada) e pelo gestor de RH. Uma vez que esta auditoria é efectuada anualmente, tive oportunidade de, em conjunto com a minha colega Cátia Pereira e a TSA Sónia Reis, realizar a auditoria e preencher a respectiva grelha.

Análise de Projectos e Emissão de Pareceres Higio-Sanitários

Uma das funções do serviço prestado pelas Unidades de Saúde Pública é a análise de projectos tendo em conta a prespectiva higio-sanitária. Os projectos podem ser dos mais variados estabelecimentos como de restauração ou bebidas, de pastelaria e panificação com fabrico próprio, cabeleireiros, centros de tratamento e lazer, estabelecimentos de apoio social, entre outros.
Na análise dos projectos, nomeadamente a sua memória descritiva, há que ter em conta alguns aspectos como a gestão adequada dos resíduos produzidos tendo em conta a sua constituição; a zona de manipulação, preparação e confecção de alimentos e todo o processo desde a entrada dos alimentos até à sua expelição ou chegada ao consumidor final; a ventilação e iluminação adequada do estabelecimento; a acessibilidade adequada e facilitada a pessoas com mobilidade condicionada e à segurança.
É importante que seja disponibilizada toda a informação necessária ao adequado funcionamento de determinado estabelecimento, mesmo que o parecer higio-sanitário seja, à partida, favorável.
No decorrer do estágio, tivemos oportunidade de elaborar e emitir pareceres de estabelecimentos referidos, sempre sob a supervisão da orientadora e TSA Sónia Reis e da Delegada de Saúde Adjunta Rosa Freitas.

Programa Nacional de Saúde Escolar - Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino

O Programa Nacional de Saúde Escolar divulgado através da Circular Normativa nº7/DSE de 29/6/2006 tem, entre outros, o objectivo específico de promover um ambiente escolar seguro e saudável.
Um ambiente escolar seguro influencia escolhas e é um investimento em saúde, já que os modelos de segurança adquiridos precocemente são determinantes quanto à forma como lidamos com o risco, desempenhando as escolas um importante papel na construção desses comportamentos.
Subjacente à implementação do Programa Nacional de Saúde Escolar é fundamental a promoção da segurança e a prevenção dos acidentes - em parceria efectiva com os órgãos de gestão dos estabelecimentos de educação e ensino, assim como a avaliação das condições de segurança, higiene e saúde destes estabelecimentos, realizada pelas equipas de saúde escolar em estreita articulação com as Unidades de Saúde Pública.
Os estabelecimentos de educação e ensino, pela sua localização, tipo de instalações e modo de funcionamento, podem condicionar a salubridade, o conforto e a segurança e actuar, favorável ou desfavoravelmente, sobre a saúde de todos os seus utentes, sendo estes alunos, docentes e restantes funcionários.
Neste sentido, a avaliação dos riscos é uma forma de conhecer a vulnerabilidade das instalações, dos equipamentos e do ambiente com o objectivo de os eliminar, ou quando tal não é possível, de os minimizar. Este procedimento implica um diagnóstico de situação, a elaboração de relatório, a proposta das correcções e o envolvimento das entidades responsáveis pelo estabelecimento na definição de prioridades e na adopção de soluções de actuação. Assim sendo, a Circular Normativa nº 12/DSE de 29/11/2006 apresenta um novo Formulário de Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde do Estabelecimento de Educação e Ensino.
O formulário citado foi aplicado aos estabelecimentos de educação e ensino do Concelho de Alcochete. Numa abordagem geral, as escolas e jardins-de-infância de Alcochete não apresentam grandes anomalias ou riscos inerentes à segurança, higiene e saúde da comunidade escolar; são encontradas algumas barreiras arquitectónicas e estruturais devido à antiguidade dos edifícios.
Os formulários são preenchidos no momento da visita ao estabelecimento e os mesmos dados são introduzidos numa base de dados no site da Direcção Geral de Saúde.

PVSZB - Programa de Vigilância Sanitária de Zonas Balneares

A qualidade das águas balneares é regulamentada actualmente pela Directiva 2006/7/CE do Parlamento e do Conselho, de 15 de Fevereiro de 2006, transporta para a ordem jurídica interna através do Decreto-Lei nº 135/2009, de 3 de Junho, relativa à gestão da qualidade das águas balneares.
O presente DL nº 135/2009, de 3 de Junho, estabelece o regime jurídico de identificação, gestão, monitorização da qualidade das águs balneares e de prestação de informação ao público sobre as mesmas.
Assim e, de acordo com o estabelecido no artº 12 do Decreto-Lei nº 135/2009, de 3 de Junho, compete ao director do Departamento de Saúde Pública, em articulação com as Unidades de Saúde Pública, desenvolver as acções de vigilância.
Entende-se por vigilância sanitária o conjunto de acções de fiscalização e monitorização, de carácter periódico, sob a responsabilidade das Autoridades de Saúde, destinadas a localizar, identificar e procurar evitar, anular ou corrigir, riscos para a saúde humana. As acções de vigilância sanitária deverão estar integradas nas vertentes tecnológica, analítica e epidemiológica.
De modo a cumprir as acções de vigilância sanitária integradass nas vertentes mencionadas, deverá ter-se em atenção os seguintes aspectos:
  • Avaliar as condições de segurança e funcionamento das instalações envolventes das zonas balneares;
  • Realizar análises que complementem a monitorização da qualidade da água de zonas balneares;
  • Realizar estudos orientados para a avaliação de factores de risco, quando justificados pelos dados ambientais ou epidemiológicos;
  • Avaliar o risco para a saúde pública associados à prática balnear.

Assim sendo, no decorrer da época balnear, são realizadas colheitas de amostra de água da zona balnear de Alcochete de modo a avaliar a sua qualidade e se não confere qualquer risco para a população. Além das colheitas das amostras que são sujeitas a análise laboratorial pelo Laboratório de Saúde Pública de Setúbal, também são desenvolvidas outras actividades como a avaliação das áreas envolventes e a caraterização das zonas balneares.
A Circular Normativa nº11/DSAO, de 31/05/2011, apresenta a Execução do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Interiores e integra modelos de avaliação sendo:
  • Modelo A - Ficha de Campo;
  • Modelo B - Caracterização da Zona Balnear;
  • Modelo C - Avaliação da Zona Envolvente;
  • Modelo C1 - Avaliação de Risco da Zona Envolvente.

Uma vez que o estágio teve início no final do mês de Março, houve oportunidade de proceder a algumas actividades incluidas no programa referido. Além da colheita das amostras, tive oportunidade de preencher alguns modelos de avaliação que foram acima mencionados.

PVSV - Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas

Entende-se por Vigilância Sanitária o conjunto de acções de fiscalização e monitorização, de carácter periódico, sob a responsabilidade das autoridades de saúde, destinadas a localizar, identificar e procurar evitar, anular ou corrigir riscos para a saúde humana devidos à utilização, neste caso, de piscinas. As acções de vigilância sanitária deverão estar integradas em três vertentes:
  • Tecnológica - Conjunto de actividades de avaliação das condições técnico-operativas, higio-sanitárias e de segurança a nível das instalações e do funcionamento. Esta vertente está ligada à análise daua, das superfícies e do ars medidas de gestão e manutenção da qualidade da água utilizada nos tanques, do ar (em piscinas cobertas), dos equipamentos e das superfícies.
  • Analítica - Conjunto de actividades de monitorização da qualidade da água, das superfícies e do ar (em piscinas cobertas). Envolve a colheita de amostras para análise microbiológica e físico-química e a verificação do cumprimento do programa de controlo da qualidade da água utilizada.
  • Epidemiológica - Conjunto de actividades que permitem identificar as causas e factores de risco de eventos adversos de saúde em frequentadores e em trabalhadores das piscinas (obtidos, nomeadamente, a partir de dados de morbilidade, de registos ou de inquéritos epidemiológicos), determinar a sua extensão e avaliar as medidas que tenham sido adoptadas.
Nem a qualidade da água nem a especificação das condições de instalação e de funcionamento de piscinas (à excepção das incluídas em recintos com diversões aquáticas, em empreendimentos turísticos e das destinadas à hidroterapia) são objecto de regulamentação. A Directiva nº 23/93, de 24 de Maio, do Conselho Nacional de Qualidade, fixa com carácter geral as disposições de segurança, higio-sanitárias, técnicas e funcionais que devem ser observadas nas piscinas de uso público. No entanto, esta Directiva não tem força de lei, podendo apenas ser usada como uma referência. Assim, nas acções de vigilância a desenvolver, sob a respondabilidade das Autoridades de Saúde, devem existir critérios e procedimentos uniformizados, bem como ser garantida a existência de planos de identificação, monitorização e controlo de riscos, de modo a que a saúde e segurança dos utilizadores, trabalhadores e visitantes seja assegurada.
Assim sendo, o Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas pretende:
  • Uniformizar procedimentos relativos à vigilância sanitária de piscinas, apresentando as várias actividades a desenvolver;
  • Indicar os parâmetros microbiológicos e fisico-químicos a analisar, periodicidade e valores de referência máximos (ou indicativos);
  • Promover a saúde e segurança dos utilizadores e trabalhadores das piscinas;
  • Identificar, avaliar e promover a gestão de perigos e riscos, através da aplicação de medidas correctivas adaptadas a cada situação específica;
  • Fomentar a cooperação activa com os gestores das piscinas, na prespectiva da melhoria contínua da qualidade da água, da salubridade e segurança das infra-estruturas e dos espaços físicos. 
Neste sentido, as colheitas das amostras são estipuladas pelo Laboratório de Saúde Pública e pelo Serviço de Engenharia Sanitária, assim como a colheita das amostras de água para consumo humano, e a responsabilidade da colheita em si e do seu transporte e entrega no laboratório cabe aos TSA. Tive oportunidade de realizar estas colheitas. Esta vigilância é bastante relevante, uma vez que um espaço de utilização colectiva como as piscinas necessitam de um grande controlo de modo a não haver propagação e contaminação de doenças. A água constitui contitui um óptimo meio de proliferação de bactérias pelo que o tratamento e desinfecção adequados da água é factor que condiciona este risco.

Estudo e Caracterização das Condições de Protecção das Origens e Captações dos Sistemas de Abastecimento de Água

No âmbito e complementarmente ao PVSACH, a USP de Alcochete realizou uma visita às captações dos sistemas de abastecimento de água, afim de avaliar as condições de protecção das mesmas. A visita contou com a presença de um Assistente Técnico do Serviço de Telegestão da Divisão de Águas e Saneamento da Câmara Municipal de Alcochete, com a Técnica de Saúde Ambiental e orientadora do meu presente estágio, Sónia Reis, e com a minha colega Cátia Pereira, também estagiária do 4º ano de Licenciatura em Saúde Ambiental da ESSB.
Foram identificadas oito captações dos sistemas de abastecimento de água, sendo que uma delas é utilizada apenas para a agricultura (sistema de rega) e as restantes para consumo humano. As captações mencionadas estão localizadas no Distrito de Setúbal, Concelho de Alcochete e abastecem grande parte da população deste concelho.
As captações sujeitas á avaliação são furos e, de forma geral, estes apresentam plataforma circundante impermeável, tubagem selada ao solo e não existe risco de entrada de água superficial.
Relativamente á zona de protecção, encontram-se todas delimitadas por vedação em bom estado de conservação, sendo esta constituída por rede metálica e muro de alvenaria.
Nas proximidades das captações, a menos de 50m, não exite nenhum tipo de risco que interfira no normal funcionamento das captações e na qualidade da água, assim como, nas zonas com uma distância superior a 50m e inferior a 200m.
Ainda é importante referir que mensalmente são efectuadas recolhas de água para análise e a medição dos parâmetros relativos ao pH e cloro é realizada diariamente pela Divisão de Águas e Saneamento da Câmara de Alcochete.

PVSACH - Programa de Vigilância Sanitária de Água para Consumo Humano

O Decreto-Lei nº 306/2007, de 27 de Agosto estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano. Tem por objectivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes da eventual contaminação dessa água e assegurar a disponibilização tendencialmente universal de água salubre, limpa e desejavelmente equilibrada na sua composição. Estabelece ainda critérios de repartição da responsabilidade pela gestão de um sistema de abastecimento público de água para consumo humano, quando a mesma seja partilhada por duas ou mais entidades gestoras.

O Programa de Vigilância Sanitária de Água para Consumo Humano está fundamentado nas seguintes vertentes:
  • Higio-sanitária e Tecnológica - Acções de avaliação das condições de higiene e segurança a nível das instalações e do funcionamento e á análise das medidas de gestão e manutenção da qualidade da água e dos equipamentos. Com este conjunto de acções pretende-se ter conhecimento do sistema de água e do seu funcionamento e as características da água e das zonas de abastecimento consideradas mais problemáticas.
  • Analítica - Realização de análises complementares ao Programa de Controlo da Qualidade da Água (PCQA) e de outras acções necessárias para a avaliação da qualidade da água para consumo humano. Envolve a colheita de amostras para análise (microbiológica, físico-química ou outras) e a verificação do cumprimento do programa de controlo da qualidade da água distribuída.
  • Epidemiológica - Permite a comparação e interpretação da informação obtida através dos programas, com recurso a dados de caracterização do estado de saúde dos consumidores (obtidos, nomeadamente, a partir de bases de dados de morbilidade ou de inquéritos epidemiológicos). A necessidade e a definição destes estudos são da competência das Autoridades de Saúde, tendo em conta o conhecimento das realidades locais.

Ao longo do estágio, foi possível o contacto com este programa através das funções realizadas por parte da Unidade de Saúde Pública. Todos os meses este serviço recebe um mapa com a informação relativa aos pontos de colheita das amostras e em que dia serão realizadas. Esta informação é facultada pelo Laboratório de Saúde Pública de Setúbal e pelo Serviço de Engenharia Sanitária. Na USP, a TSA é responsável pela colheita das amostras de água, pelo seu transporte e entrega no laboratório referido.
O tipo de colheita abrange 4 tipos de análises: análise de campo (AC), análise microbiológica (AM), análise fisico-quimica de rotina (AFQR) e análise fisico-quimica complementar (AFQC). A AC avalia dois parâmetros: o pH e cloro residual livre. Na AM os parâmetros em análise são a existência de Echerichia coli, enterococos, coliformes totais, Clostrídium perfringens, Germes totais a 22ºC e 37ºC e Pseudomonas aeruginosa. Relativamente à AFQR, os parâmetros analisados são o pH, a condutividade, nitritos, nitratos, o azoto amoniacal e a turvação. Por último, os parâmetros avaliados na AFQC Esão variáveis, resultantes de situações e estudos específos. Podem estar em análises a existência de cloritos, cloratos, fluoretos, chumbo, pesticidas, óleos e gorduras, metais pesados, tri-halometanos, acrilamida, cianobactérias, entre outros.

A vigilância da qualidade da água destinada a consumo humano é importante para diminuir o risco de contaminação e propagação de doenças que se pode desenvolver se não forem aplicadpos processos de desinfecção eficazes e a implementação do PVSACH pretende assegurar a uniformização de critérios e procedimentos a observar nas várias actividades realizadas pelas Unidades de Saúde Pública como as colheitas e os estudos ás captações de abastecimento.

PVSACH - Programa de Vigilância Sanitária de Água para Consumo Humano

O Decreto-Lei nº 306/2007, de 27 de Agosto estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano. Tem por objectivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes da eventual contaminação dessa água e assegurar a disponibilização tendencialmente universal de água salubre, limpa e desejavelmente equilibrada na sua composição. Estabelece ainda critérios de repartição da responsabilidade pela gestão de um sistema de abastecimento público de água para consumo humano, quando a mesma seja partilhada por duas ou mais entidades gestoras.

O Programa de Vigilância Sanitária de Água para Consumo Humano está fundamentado nas seguintes vertentes:
  • Higio-sanitária e Tecnológica - Acções de avaliação das condições de higiene e segurança a nível das instalações e do funcionamento e á análise das medidas de gestão e manutenção da qualidade da água e dos equipamentos. Com este conjunto de acções pretende-se ter conhecimento do sistema de água e do seu funcionamento e as características da água e das zonas de abastecimento consideradas mais problemáticas.
  • Analítica - Realização de análises complementares ao Programa de Controlo da Qualidade da Água (PCQA) e de outras acções necessárias para a avaliação da qualidade da água para consumo humano. Envolve a colheita de amostras para análise (microbiológica, físico-química ou outras) e a verificação do cumprimento do programa de controlo da qualidade da água distribuída.
  • Epidemiológica - Permite a comparação e interpretação da informação obtida através dos programas, com recurso a dados de caracterização do estado de saúde dos consumidores (obtidos, nomeadamente, a partir de bases de dados de morbilidade ou de inquéritos epidemiológicos). A necessidade e a definição destes estudos são da competência das Autoridades de Saúde, tendo em conta o conhecimento das realidades locais.

Ao longo do estágio, foi possível o contacto com este programa através das funções realizadas por parte da Unidade de Saúde Pública. Todos os meses este serviço recebe um mapa com a informação relativa aos pontos de colheita das amostras e em que dia serão realizadas. Esta informação é facultada pelo Laboratório de Saúde Pública de Setúbal e pelo Serviço de Engenharia Sanitária. Na USP, a TSA é responsável pela colheita das amostras de água, pelo seu transporte e entrega no laboratório referido.
O tipo de colheita abrange 4 tipos de análises: análise de campo (AC), análise microbiológica (AM), análise fisico-quimica de rotina (AFQR) e análise fisico-quimica complementar (AFQC). A AC avalia dois parâmetros: o pH e cloro residual livre. Na AM os parâmetros em análise são a existência de Echerichia coli, enterococos, coliformes totais, Clostrídium perfringens, Germes totais a 22ºC e 37ºC e Pseudomonas aeruginosa. Relativamente à AFQR, os parâmetros analisados são o pH, a condutividade, nitritos, nitratos, o azoto amoniacal e a turvação. Por último, os parâmetros avaliados na AFQC Esão variáveis, resultantes de situações e estudos específos. Podem estar em análises a existência de cloritos, cloratos, fluoretos, chumbo, pesticidas, óleos e gorduras, metais pesados, tri-halometanos, acrilamida, cianobactérias, entre outros.

A vigilância da qualidade da água destinada a consumo humano é importante para diminuir o risco de contaminação e propagação de doenças que se pode desenvolver se não forem aplicadpos processos de desinfecção eficazes e a implementação do PVSACH pretende assegurar a uniformização de critérios e procedimentos a observar nas várias actividades realizadas pelas Unidades de Saúde Pública como as colheitas e os estudos ás captações de abastecimento.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

SISP - Sistema de Informação em Saúde Pública



Principais áreas abrangidas:
  • Gestão de Processos de Estabelecimentos
  • Gestão de Processos de Queixas Sanitárias
  • Gestão de Programas e Projectos Comunitários
  • Intervenção em Cuidados Individuais de Saúde (através da criação do conceito de Registo Electrónico Individual com fins epidemiológicos e de Saúde Pública)
  • Monitorização da situação de saúde e dos factores protectores e de risco para a saúde
  • Gestão da Qualidade dos Serviços de Saúde Pública



O Sistema de Informação em Saúde Pública é uma solução que permite apoiar as funções essenciais da Saúde Pública, envolvendo todos os profissionais independentemente da sua formação de basa, passando por níveis diferentes de agregação, gestão e partilha de informação.

Através de uma organização em processos, programas e projectos, com responsabilidades de gestão e de execução das actividades partilhadas pelos vários profissionais de Saúde Pública, o SISP permite homogeneizar o funcionamento dos respectivos serviços, promovendo a uniformização de critérios e procedimentos.

O SISP posiciona-se como uma ferramenta que abrange não só a componente mais operacional dos serviços de Saúde Pública, mas também como uma fonte de Monitorização, Avaliação e Análise de Indicadores quer das actividades dos serviços quer da própria situação de saúde, com vista à melhoria da qualidade dos serviços.

No que respeita à Monitorização da situação de saúde da população, o SISP tem a possibilidade de ligação a várias fontes de informação, nomeadamente com o Instituto Nacional de Estatística, de forma a permitir a análise de um número considerável de indicadores, de várias naturezas, apresentados a vários níveis de agregação.

USPAS - Plano de Acção



"Para começar um grande projecto é preciso valentia.
Para terminar um grande projecto é preciso preseverança."


Como já foi referido, a Unidade de Saúde Pública pertencente ao ACES Arco Ribeirinho adoptou a denominação de USPAS - Unidade de Saúde Pública Arnaldo Sampaio, de certo em homenagem a uma das grandes figuras da Saúde Pública em Portugal que, segundo Aloísio Coelho, foi "Trabalhador infatigável da Saúde, que se prestigiou e prestigiou o Pais, nos grandes meios internacionais da especialidade, ao longo da uma fecunda existência dedicada à causa da Saúde Pública (...)".

Com a reorganização dos serviços de saúde e com a estruturação da USPAS, contando com os recursos humanos dos quatro concelhos constituintes (Moita, Montijo, Barreiro e Alcochete), surgem igualmente novas estratégias e objectivos a cumprir. Neste sentido, a USPAS delineou um Plano de Acção a por em prática, ao qual se encontram inerentes programas/projectos com o intuito de promover e proteger a saúde pública intervindo junto da população. Os programas/projectos focam-se em várias àreas sendo estas:

- Qualidade das Águas,
- Promoção da Saúde Oral;
- Saúde Escolar;
- Vacinação;
- Vigilância dos Resíduos Hospitalares;
- Queixas Sanitárias;
- Saúde Ocupacional;
- Qualidade dos Espaços de Utilização Pública;
- Vigilância de Creches, Lares e Instituições de Apoio Social;
- Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos.


Adjacente ao Plano de Acção da USPAS está a implementação de uma base de dados das actividades e dos resultados das intervenções da Saúde Pública no terreno, denominada por Sistema de Informação em Saúde Pública - SISP. O SISP ajuda também à criação de um repositório de informações de saúde da população.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Conteúdo Funcional do Técnico de Saúde Ambiental

1 - O técnico de higiéne e saúde ambiental actua no controlo sanitário do ambiente, cabendo-lhe detectar, identificar, analisar, prevenir e corrigir riscos ambientais para a saúde, actuais ou potenciais, que possam ser originados:

a) Por fenómenos naturais ou por actividades humanas;
b) Pela evolução dos aglomerados populacionais;
c) Pelo funcionamento de serviços, estabelecimentos e locais de utilização pública;
d) Por quaisquer outras causas.


2 - A actuação dos técnicos de higiene e saúde ambiental é realizada, quando necessário, com o apoio técnico dos técnicos auxiliares sanitários e desenvolve-se nas áreas seguintes:

a) Protecção sanitária básica e luta contra meios e agentes de transmissão de doença;
b) Protecção sanitária específica e luta contra os factores de risco ligado à fabricação;
c) Higiene do habitat e promoção da salubridade urbana e rural;
d) Higiene dos alimentos e dos estabelecimentos do sistema de protecção e consumo;
e) Saúde ocupacional;
f) Saúde escolar;
g) Educação para a saúde e formação.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ACES Arco Ribeirinho - Unidade de Saúde Públiba Arnaldo Sampaio

De acordo com o Decreto-Lei nº28/2008 que apresenta a Reforma do Cuidados de Saúde Primários, a reorganização e reestruturação do sistema remete para a criação de Agrupamentos de Centros de Saúde.
ACES Arco Ribeirinho é a denominação dada ao Agrupamento de Centros de Saúde de alguns concelhos da Península de Setúbal. Os concelhos abrangidos por este agrupamento são os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.
O ACES Arco Ribeirinho é constituído por algumas unidades. De forma geral, existem Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), Unidades de Saúde Familiar (USF) e a Unidade de Saúde Pública (USP). A USP adquiriu o nome de Unidade de Saúde Pública Arnaldo Sampaio (USPAS) e nela estão incluídos os vários pólos sendo eles localizados no Montijo, Moita, Alcochete e a respectiva sede no Barreiro. A equipa do pólo da Unidade de Saúde Pública de Alcochete é constituído pela Delegada de Saúde Drª Rosa Freitas, pela Técnica de Saúde Ambiental Sónia Reis e pela a Administrativa Ilda Calapez.

domingo, 17 de abril de 2011

Bem-vindos!!

Olá a todos!
Começo por dar as boas-vindas a todos os leitores.
Para quem não me conhece (e ainda não teve oportunidade de espreitar o meu perfil), chamo-me Cátia Antunes e sou estudante do 4º ano Curso de Licenciatura em Saúde Ambiental na Escola Superior de Saúde de Beja. No presente semestre, estou a desenvolver o meu estágio curricular na Unidade de Saúde Pública de Alcochete juntamente com uma colega de turma, Cátia Pereira.
Este período decorre no âmbito da Unidade Curricular Estágio IV, sendo de índole fundamentalmente formativa, caracterizado por uma prática profissional realizada em contexto real de trabalho, orientada e monitorizada por um tutor da entidade receptora e pelo docente da unidade curricular. Durante este estágio, terei oportunidade de pôr em prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso mas, mais do que isso, tomarei noção da prática laboral exercida e das metodologias implementadas pelos serviços e entidades na área da Saúde Pública. A pessoa responsável pelo estágio por parte da USP de Alcochete, sendo tutor que orienta o trabalho/serviço, é a Técnica de Saúde Ambiental Sónia Reis. Por outro lado, a pessoa que orienta o estágio por parte da Escola Superior de Saúde, é a Professora Cidália Guia.

O presente blogue foi criado com o intuito de dar a conhecer aos interessados as actividades realizadas no âmbito do referido estágio. Sendo assim, irei com alguma regularidade apresentar a minha função como futura TSA num serviço de Saúde Pública.

Até ao próximo post!